sábado, 16 de outubro de 2010

Pode invadir ...


... ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre; eu também gosto de ser contrariada. Gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Não seja escravo meu, nem filho meu, nem meu pai; escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes. Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca. Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia isso a gente vê depois, se calhar. Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos, me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar, experimente me amar!

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